Foi um homem a frente do seu tempo: defendeu a flora e a fauna sertanejas antes da ciência ambiental, os costumes e as tradições, sempre com os olhos para o futuro.
É do próprio Eloy; quem descreve a cena mais de um século depois do seu livro publicado só em 1975, pela fundação José Augusto, lembrando seu primeiro encontro com o líder republicano. Ele conta.
Eu não conhecia o Dr. Pedro Velho nem se quer de vista. Mas do Recife acompanhei suas campanhas no Rio Grande do Norte pela abolição e pela República com todo o meu entusiasmo juvenil.
O Acadêmico Eloy de Souza não conhecia o Dr. Pedro Velho, como todos chamavam o Chefe Republicano do Rio Grande do Norte.
O encontro foi no Cais da Lingueta, onde hoje é monumento Marco Zero. Eloy de Souza foi receber o novo líder político que acabava de representar o Estado na primeira Constituição Republicana. Ali naquela tarde, nascia o jornalista e político Eloy de Souza.
Ao fechar o texto de suas memórias: Eloy de Souza não se nega a registrar a discriminação que sofreu ao longo das lutas na vida política. Mesmo consagrado como político e intelectual e sem nunca se deixar abater pela sua cor morena.
FR: Vicente Serejo.
CHICO TORQUATO
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