segunda-feira, setembro 16

Eleição interna do PT tem denúncias de fraudes

Há relatos da inclusão de mortos na lista de filiados aptos a votar; as irregularidades teriam beneficiado a corrente majoritária do partido
Manifestantes seguram bandeiras do PT em ato de apoio ao partido Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

SÃO PAULO  Denúncias de fraudes marcaram o processo de eleição interna do PT realizado no último dia 8. As acusações vão da presença de pessoas mortas nas listas de filiados que votaram ao transporte de eleitores em carro oficial, além da intimidação do trabalho de fiscais. Os petistas foram às urnas para escolher os presidentes dos diretórios municipais e os delegados que vão eleger os presidentes estaduais e o presidente nacional.
As supostas irregularidades aparecem em recursos apresentados por chapas que saíram perdedoras. Em São Paulo, Minas Gerais, Rio e Pernambuco, as fraudes teriam favorecido a Construindo um Novo Brasil (CNB), a corrente majoritária do partido. Os diretórios estaduais agora vão analisar as alegações apresentadas e decidir se serão realizadas novas eleições nas cidades que tiveram problemas.
As denúncias de desvios de conduta em eleições internas do PT são recorrentes. Para um integrante da executiva nacional, porém, a quantidade constatada neste ano é "uma vergonha" para a legenda. Até 2013, o partido escolhia o seu presidente nacional por meio da votação direta dos filiados, mas o modelo está temporariamente suspenso, justamente por causa das queixas de irregularidades.
Em novembro, o PT vai reunir os 800 delegados escolhidos na votação de domingo para eleger o seu presidente nacional. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) é candidata à reeleição para permanecer no comando da sigla e conta com o apoio do ex-presidente Lula.
Até quarta-feira, com 87% dos votos apurados, a CNB, corrente que apoia Gleisi, tinha 52% dos votos contra 13% da segunda colocada, a chapa composta pelas correntes Democracia Socialista (DS) e Militância Socialista. Além da atual presidente, devem se candidatar a presidente os deputados federais Paulo Pimenta (RS) e Paulo Teixeira (SP), e o professor Valter Pomar.
O GLOBO

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